
Material de apoio
- Especialização e integração sistémica do cérebro humano;
- O cérebro dos psicopatas tem menos massa cinzenta;
- Entrevista ao neurocientista Michel Desmugert, autor de "A Fábrica de Cretinos Digitais";
- Textos memória;
- Memória - O caso de Henry Molaison - novas conclusões;
- Redes sociais e falsas memórias;
- Como aprender melhor?;
- Porque não funcionam os castigos e o que fazer em alternativa? Neuropsicólogo explica;
- Textos complementares - Emoções;
- A perspetiva de Erikson sobre o desenvolvimento humano;
Especialização e integração sistémica do cérebro humano
Reflexão: Existe um mito de que usamos apenas 10% do nosso cérebro mas se ele for saudável usamos ele a 100%. O cérebro, sendo um órgão, consome 20% de energia diariamente. Nas crianças consome 50%.
E se esses 10% que utilizamos sofre-se uma lesão?
A memória, a capacidade cognitiva, a visão ou a linguagem são funções na qual temos consciência. Como também existe atividades não conscientes do cérebro, como por exemplo o equilibro e o ritmo cardíaco.´
Na composição do cérebro acredita-se que apenas 10% equivale aos neurónios, isto é, 100 mil neurónios.
As células gliais envolvem os neurónios de modo a protege-los e de dar suporte estrutural. Estas células forma circuitos neuronais para impedir a propagação desordenada de impulsos nervosos (dentrites e o prolongamento dos neurónios transportam estes impulsos).
Assim, quanto mais usar-mos o cérebro mais sinapses se formam.
NOTA: sinapse (pontos de ligação entre as células nervosas e as células-alvo)
Ou seja, para aumentar o número de sinapses ou dentrites é necessário treinar o cérebro, como por exemplo montar puzzles ou até mesmo resolve-los. Mas ao treinar-mos, ele não vai fazer com que usemos mais partes do cérebro e sim usá-lo de uma forma melhor.
Com base na observação de pacientes "do tipo de Broca" e de pacientes "de tipo Wernicke", conclui-se que o paciente sofre um misto das afasias de Wernicke (receção) e de Broca (expressão). Neste caso, o paciente tem dificuldade de compreensão, falando de forma incoerente em alguns momentos, e dificuldade de expressão, sem conseguir formar as frases corretamente.
Wernicke:
- Teoria anatomofuncional: influência duradoura.
- Memória auditiva das palavras
- Recordação dos sons (permite reconhecer as palavras)
"Afásicos": percebem mal e falam muito.
Região de Broca:
- Produção e articulação de palavras
"Afásicos": falam pouco e mal mas percebem bem.
O cérebro dos psicopatas tem menos massa cinzenta
Entrevista ao neurocientista Michel Desmugert, autor de "A Fábrica de Cretinos Digitais"
Reflexão: Este documentário mostra que o comportamento das crianças vem dos ecrãs, o primeiro refere se à televisão que atualmente as crianças possuem uma "oferta inesgotável", o segundo ecrã representa 90% do uso, que são os jogos. O tempo gasto em frente as redes sociais, jogos, e entre outros torna mais difícil o desenvolvimento do cérebro. Quanto mais tempo se está em frente ao ecrã, mais dificuldade de linguagem devido à falta de interação verbal e menos tempo de leitura. Há também um risco de menor desempenho cognitivo e de menor concentração.
Mesmo com um uso 10 a 15 minutos por dia faz diferença. Mas impedir totalmente não é necessariamente necessário. Apenas abranger o tempo para não criar atrasos de linguagem. A cada tempo perdido em frente ao ecrã, essas crianças perdem imenso vocabulário. Claro que até aos dois anos as crianças repetem inocentemente as palavras que vão ouvindo e observando e como dito no artigo, o facto da criança já saber dizer "yellow" e a que cor corresponde significa que no futuro vai ser fluente em inglês. O meu irmão, Diego, tem três anos e ele sabe mais as cores em inglês do que em português e eu sempre soube que a causa disso, era o youtube - incrivelmente estou a ensinar-lhe as cores em japonês (eu sei que devia ser em português mas japonês é muito mais interessante e cabe a ele decidir no futuro se quer ser fluente em alguma outra língua para além do português) o que é sempre preferível aprender com familiares do que em frente a ecrãs na minha opinião. Ele passa bastante tempo a ver vídeos sobre carros especificamente em inglês e este artigo fez me perceber o quanto o meu irmão está a perder e quanto pode ganhar. Neste caso, o atraso de linguagem. Quando ele não quer brincar mais com os brinquedos, vai ver vídeos. Ver desenhos animados é se não tiver algum telemóvel. Confesso que quando ele está muito barulhento e depois vai ver vídeos, é um alivio enorme mas agora eu sei que mais do que já sabia o quanto isso pode ser prejudicial.
Já dependi imenso do telemóvel. Agora? Agora dependo de livros. Não consigo sair de casa sem um livro. E o telemóvel? Oh! Pode ficar no seu cantinho!
Ter-mos um ecrã na nossa frente durante um certo período de tempo pode tornar-se um hábito tóxico. Como estar sempre a ligar a tela para ver se temos mensagens. Um hábito que tinha e a única forma de perder esse hábito era desinstalar qualquer aplicação que fosse prejudicar a minha produtividade. Sou uma pessoa que precisava de falar com alguém todos os dias por mensagem para sentir-me bem. E agora? Tenho todas as redes socias desinstaladas à quase 2 meses e não vejo motivo ou vontade de voltar a tê-las. Estou muito melhor e mais saudável sem elas. Ao remover a minha comunicação com outras pessoas, não me deixou triste. Não me deixou antissocial. Não me deixou ansiosa. Não me deixou menos comunicativa. Deixou-me mais feliz. Deixou-me mais pura. Deixou-me ser livre. O facto de não esperar nada de ninguém, o facto de ter a minha própria companhia, o meu silêncio, os meus pensamentos, os meus momentos tornei-me totalmente indiferente ao uso de ecrãs. Estou tão habituada a estar na minha própria companhia que, quando alguém quer fazer algo que antes fazia imenso, porque eu amava chamadas, fico desconfortável passado algum tempo. Não sei se isso é bom ou mau sinceramente. Estar longe dos ecrãs criou uma certa distância em certos pensamentos que tinha antes. Ao facto de ter tido um apego a ecrãs desde uma certa idade, cujo a idade não lembro mas eu sei que recebi o meu primeiro telemóvel quando estava no sexto ano, apenas para comunicar com os meus amigos e família. E eu pensava que iria ser tudo normal, que era apenas para conversar e rir das conversas. Quando começa a vir aqueles sentimentos de dependência de alguém, de precisar de falar com alguém. O mesmo vale para as crianças (e para o meu irmão) que dependem dos ecrãs. Se dissermos "não", choram ou ficam emburrados. Tudo porque demos o que eles necessariamente não precisavam muito cedo.
Textos memória
Reflexão: O primeiro texto explica o que é a amnésia infantil. Nós possuímos uma falta de memória relativamente aos primeiros anos de vida, tendo poucas ou nenhumas recordações, isso designa-se por amnésia infantil. É feito um questionário para responder à pergunta: "como podes saber o momento exato em que a tua lembrança ocorreu?". Conclui-se que, a nossa memória dificilmente consegue lembrar-se com precisão os eventos da nossa lembrança mais remota. O exemplo dado foi a recordação do nascimento de um irmão mais novo. Os participantes com pelo menos três anos no dia do nascimento do irmão lembravam-se dele com "consideráveis detalhes", mas os participantes com menos de três anos tinham poucas ou nenhumas recordações.
Foi feito um outro estudo, sendo este mais recente, onde prova que as pessoas podem recordar eventos, como o nascimento de um irmão, quando tinham 2,4 anos de idade.
NOTA: Algumas pessoas têm recordações dos 2,0 aos 2,4 anos (lembranças vagas).
As memórias de acontecimento precoces podem basear-se em:
- Conversas familiares (passado algum tempo do evento ocorrido)
Exemplo: um adulto ou uma criança que se recorda de ter feito algo num determinado local tendo, por exemplo, aos três anos de idade, quando a/o sua/seu irmã/irmão nasceu, conforme aquilo que os seus pais lhe contaram após o evento.
Estudos transculturais: os indivíduos de culturas que repetem conversas do passado tendem apresentar as primeiras memorias mais precoces do que os indivíduos oriundos de culturas que não dão tanta importância aquele tipo de conversa.
Para saber se a lembrança de alguns acontecimentos desde a infância são recordações pessoais ou se baseiam no "apenas sabem", foi feita uma pesquisa para responder a esse dilema. As recordações pessoais são aquelas que envolvem experiência consciente e se os indivíduos "apenas sabem", então limitaram-se construir falsas recordações como por exemplo, a partir de fotos e conversas de família. Concluiu-se que, as lembranças pessoais tendem a surgir mais lentamente do que as memórias baseadas no "apenas saber". As recordações pessoais, maioria delas correspondem a eventos após os 4,7 anos e aquelas baseadas no "apenas saber" é anterior aos 4,7 anos.
Quando lembramo-nos exatamente de certos eventos, temos uma história pessoal que interliga-se com as lembranças pessoais. Pode haver eventos do nosso passado que sabemos que ocorreram, mas não conseguimos lembrar de qualquer aspeto do que aconteceu, experienciamos ou sentimos naquele momento, neste caso, não temos lembranças pessoais. E quando não temos lembranças pessoais, significa o nosso conhecimento acerca desse evento é baseado em informação externa (pais, membros da família, amigos, fotos, diários ou historias de família).
Resposta à pergunta: Incrivelmente, não lembro de nada, mas eu sei que aconteceram porque atualmente alguns desses acontecimentos pertencem na minha vida quotidiana então em algum momento da minha vida iniciaram. Porém, ao não lembrar do seu inicio, eu lembro de alguns momentos. Após a minha aula de natação (estava no 4ºano) eu precisava mudar a minha roupa mas o balneário estava cheio, então estava cheia de vergonha. Lembro da minha toalha cor de rosa e a esconder o máximo que conseguia do meu corpo. Como dito no primeiro texto, eu lembro deste acontecimento porque senti algo, então é uma lembrança pessoal, mas se tentar lembrar o que aconteceu após sair do local da natação, eu não consigo lembrar. Apenas lembro de acontecimentos onde senti fortemente algo, como um jogo de futebol, eu estava no 4ºano, contra a turma inimiga: o 4ºG contra o 4ºF. Lembro que era a única rapariga em campo e inclusive não queriam que jogasse por ser uma rapariga. Senti uma leve dor no peito, porque eu estava sempre a jogar futebol com a minha turma em todos os intervalos. Acabei por jogar mas não lembro do resultado, talvez o mais importante tenha sido a diversão do que precisamente o resultado.
O segundo texto relata o caso de Henry Molaison (ou H.M). Ele teve uma lesão cerebral, após a uma cirurgia perdeu a capacidade de formar novas memórias (removeram uma parte do hipocampo que encontra-se ao lado da amígdala - centro das emoções). Henry Molaison começou a ter pequenas crises epiléticas quando tinha dez anos. Aos 15 anos tornaram-se mias graves, implicando a sua saúde e o seu desempenho escolar e social. Aos 27 anos tomava uma medicação anticonvulsiva (altas doses) mas não funcionava. Por isso fez uma cirurgia cerebral acreditando de que iria alivar os seus sintomas. Removeram assim, uma parte do lobo temporal medial, incluindo uma parte do hipocampo. Após essa cirurgia, como dito, ele perdera a capacidade de criar e ter novas memórias.
Em 2009, 1 ano depois da morte de H.M, os cientistas dissecaram o seu cérebro. Congelaram e cortaram-lhe em 2401 finas fatias. Durante o corte, os cientistas iam recolhendo imagens digitais de cada fatia. Cada fatia era reunida num modelo 3D. O objetivo deles era criar esse modelo 3D para revisitar, por dissecação virtual, e verificar qual foi a lesão original.
Foi descoberto duas coisas fenomenais. Antigamente diziam que tinham removido totalmente do hipocampo, porém os cientistas descobriram que H.M ainda possuía uma parte do hipocampo. A segunda descoberta é dita pela lesão delimitada, ao nível do lobo frontal esquerdo, que afetava o córtex pré-frontal.
O facto de terem descoberto que o hipocampo não tinha sido totalmente removido, foi um resultado "potencialmente muito significativo", porque pensavam que o hipocampo era a área lesionada responsável pela amnésia. O córtex entorinal , placa giratória de toda a informação que entra no hipocampo, foi "quase totalmente destruído". O córtex entorinal é fortemente afetada durante as fases mais precoces da Alzheimer e por isso poderá ser mais importante para os défices de memória de H.M.
O terceiro texto mostra-nos como adquirimos conhecimento e como memorizamos. A memória é a parte mais importante da mente humana pois contém o passado, o presente e o futuro - é através das experiências passadas que planeamos o futuro. A memória permite-nos assim, aprender com a experiência e adquirir capacidades úteis.
A memória possui três componentes: codificação, armazenamento e recuperação.
Uma recordação começa por ser codificada no primeiro ponto da memória "a curto prazo" ou "de trabalho". A recordação permanece ali, cerca de 30 segundos e depois desaparece mas se houver algum motivo, a memória irá passar "a longo prazo". As memórias que fazem parte da memória a longo prazo são as implícitas/não declarativa e as explicitas/declarativa. As memórias implícitas corresponde as capacidades que aprendemos (exemplo: andar, falar, pentear, andar de bicicleta, etc.) sem saber porquê e as memórias explicitas são aquelas memórias que devem ser deliberadamente recordadas, baseando-se em: factos, conhecimentos e registos.
O quarto texto relata o caso de Sabrina ter "recuado no tempo". Sabrina é uma brasileira de 32 anos quando teve uma amnésia dissociativa, ou seja, o seu presente foi substituído por um outro. Em julho de 2013, Sabrina acorda com as memórias de 2002, onde era casada com outra pessoa, não tinha três filhos e vivia noutra casa. O seu presente, os seus onze anos, haviam desaparecido da sua mente. Quando estamos sob uma amnésia dissociativa, perdemos a capacidade de recordar momentos da nossa vida pessoal. Normalmente, esta perda deve-se a problemas que não foram nem resolvidos nem enfrentados, como os acontecimentos traumáticos ou muito stressantes. Para recuperar a memória, o doente pode levar horas, dias ou anos.
A origem da amnésia dissociativa: trauma emocional muito intenso, vivido principalmente na infância, adolescência. "O stress, a má alimentação, a falta de sono podem desencadear uma doença cardíaca num paciente, transtorno do pânico noutro."
Sabrina sofreu de abuso e teve algumas perdas "violentas", dormia pouco e trabalhava demasiado. Sempre que Sabrina lembrava-se de algo, após os efeitos, ela anotava as sua recordações num caderno. Com a ajuda de uma amiga, Sabrina conseguiu voltar ao "ano atual, 2013". Era com os cheiros e com os sons que vinham imagens na sua mente. Por fim, a sua memória voltou a 30 de dezembro. cerca de cinco meses depois do primeiro dia da amnésia.
Por fim, o quinto texto compara uma das melhores memórias do mundo: AJ (californiana de 42 anos) com uma das piores: EP (85 anos). AJ recorda-se de cada dia da sua vida desde os 11 anos de idade. EP lembra-se apenas do seu pensamento mais recente.
Alexander Luria ( pequeno estudo sobre Luria na biografia de psicólogos) é um neuropsicólogo que estou durante três décadas, um jornalista russo S que era capaz de recordar longas sequências de palavras, números, etc. Porém a AJ, ao contrário do jornalista russo, fixava-se prioritariamente nos acontecimentos da sua própria vida. EP, há cerca de quinze anos, o vírus Herpes Simplex disseminou-se pelo seu cérebro. Dois segmentos de matéria cinzenta localizados na parte medial dos lobos temporais, desaparecera. Com isso a memória dele foi quase extinta.
"As recordações não ficam armazenadas propriamente no hipocampo. Alojam-se nas onduladas camadas externas do cérebro, o neocórtex."
O hipocampo, localizado na parte medial dos lobos temporais, é a região do cérebro responsável pelo seu processamento. Neste caso, EP vê mas não consegue registar nada. EP sofre de dois tipos amnésias: anterógrada e retrógrada. A amnésia anterógrada não permite formar novas recordações e a amnésia retrógrada não permite lembrar das recordações antigas.
Memória - O caso de Henry Molaison - novas conclusões
Reflexão: Henry Molaison, ou H. M., morreu em 2008 e até esse momento, os cientistas apenas estudaram a parte externa do cérebro através de imagens de ressonância magnética.
Este homem começou a sofrer, sem saber precisamente da razão, crises epiléticas quando tinha 10 anos. Aos 15 anos tornaram-se piores e aos 27 anos, a medicação anticonvulsiva em altas doses não funcionava. Com isto, HM fez uma cirurgia cerebral na esperança de melhorar a sua vida.
Feita a cirurgia, houve de facto, uma mudança na sua vida. Os neurocirurgiões removeram uma zona do cérebro, os "lobos temporais mediais", incluindo uma pequena parte do "hipocampo". Apesar das suas dificuldades, tanto intelectuais como percetuais, a sua personalidade não se terem alterado com a cirurgia, HM não conseguiu criar e reter novas memórias.
Descobriu-se assim que o hipocampo trata da formação das memórias.
Para saberem qual era a extensão do tecido que fora removido do cérebro nos anos 1950, os cientistas em 2009, decidiram por dissecar o cérebro, congela-o e cortá-lo em 2401 finas fatias. Isto tinha como objetivo ter uma maior resolução do cérebro. A cada corte, recolhiam imagens digitais que seriam reunidas num modelo 3D.
A imprecisão cirúrgica diz-nos que os cientistas tiveram duas novidades:
- H. M. ainda possuía uma parte substancial do seu hipocampo, o que é «potencialmente muito significativo», porque pensavam que a a principal área lesionada responsável pela amnésia de H. M. era o hipocampo.
- Lesão bem delimitada, ao nível do lobo frontal esquerdo de H. M., que afetava o córtex dito "pré-frontal" (envolve-se na tomada de decisões).
Redes sociais e falsas memórias
Reflexão: Este texto reflete-se na falsa memória que nós próprios criamos. O facto de jovens, adultos, idosos e se for preciso, até as crianças, necessitam de compartilhar a sua vida como se fosse uma obrigação de modo a terem uma aprovação de outros, mas a realidade é que todos nós queremos que as pessoas olhem para nós de um jeito diferente daquilo que aparentamos ser. Claro, nem todas as pessoas são assim, nem todos precisam da aprovação dos outros para sentirem-se bem, este tipo de comportamento depende de quem tem amor próprio ou não.
Um exemplo básico que acontece bastante: uma pessoa grava um vídeo em uma festa ou em uma discoteca, publica numa rede social e quem ver a sua publicação vai pensar que ele está a divertir-se ou que tem uma vida boa, e quando deparamos com a realidade, ele está apenas num canto qualquer da festa. Aquilo que compartilhamos nas redes sociais nunca serão melhores que compartilhar com a nossa mente, tornar aquele momento em uma memória com significado. É como o psicólogo diz:
"Ser competitivo e querer mostrar o nosso melhor lado, procurando empatia e apoio dos nossos pares, é totalmente compreensível"
Existe, infelizmente e em maior parte do mundo, pessoas que preferem guardar memórias em telemóveis para não esquecerem do momento, mas irão lembrar-se da sensação? Irão lembrar ou sequer aproveitar os pequenos detalhes?
Como aprender melhor?
Não existe formas iguais para todos nós organizar-mos o trabalho individual, de facto, se essa fosse a nossa realidade, seriamos todos iguais e aprenderíamos todos da mesma forma.
Todos nós temos as nossas formas de desenvolver o conhecimento que temos relativamente a nós e as nossas formas de aprender. Relativamente a nós, podemos tomar consciência das nossas experiências, do que correu bem ou não, do que nos preocupa e das nossas dificuldades, do que podemos melhorar, ensaiar, experimentar e discutir sobre algo. Em termos individuais, existem duas atitudes que parecem ser decisivas para que o trabalho resulte:
- Estar na aula de uma forma ativa.
- Distribuir o tempo de trabalho.
A procrastinação - será um assunto interessante para mim visto que são 01:07h, porque adiei por muito tempo esta parte do trabalho e o prazo final é amanhã :) - é a inimiga do sucesso. Para quem procrastina diariamente, deverá pedir ajuda, como por exemplo a um psicólogo da escola. Esse circulo vicioso, a procrastinação, pode ser rompida e criar assim, novas formas de fazer as coisas.
As procrastinações habituais utilizam três táticas básicas de adiamento:
- Amanhã
- Amanhã contingente
- Armadilha 22
O amanhã diz-nos que uma certa tarefa desagradável pode ser feita mais tarde, como por exemplo: "como cheguei agora da escola e estou cansada, vou aproveitar para descansar hoje e estudar amanhã".
O amanhã contingente é um método utilizado quando precisamos fazer algo antes de fazer a tarefa, como por exemplo: "só vou fazer exercícios quando acabar todos os resumos".
Estes dois métodos mostram-nos que um dia a tarefa seria cumprida, mesmo que seja daqui a meses, anos, etc. Existe aquela esperança de que vai realizar-se.
Entretanto a armadilha 22 mostra-nos o contrario, isto é leva aquele sentimento de que a tarefa nunca será realizada.
Porque não funcionam os castigos e o que fazer em alternativa? Neuropsicólogo explica
https://visao.sapo.pt/atualidade/sociedade/2021-11-02-porque-nao-funcionam-os-castigos-e-o-que-fazer-em-alternativa-neuropsicologo-explica/
Tudo aquilo que os pais dizem, fazem, reagem, castigam ou brincam com os filhos influencia o desenvolvimento cerebral da criança.
O neuropsicólogo Álvaro Bilbao explica como se educa com afeto e compreensão, como colocamos limites, com cria-se relações de confiança e empatia, como ajudamos crianças a cresce sem medo, como desenvolver o autocontrolo e a criatividade, entre outros.
Um castigo‑armadilha é uma chamada de atenção, uma irritação ou um castigo, em vez de desmotivar a criança para fazer alguma coisa, a motiva mais. Estes aparecem quando a criança, que normalmente não recebe atenção suficiente dos seus pais.
Assim, o castigo é a consequência menos agradável que pode aplicar a uma criança.